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DIU Mirena e Kyleena: entenda mais sobre um dos mais famosos métodos contraceptivos

O DIU Mirena e DIU Kyleena são dispositivos intrauterinos (DIUs) que contêm o hormônio levonorgestrel, o qual é liberado dentro do útero, causando uma atrofia de sua camada interna, alterando o muco cervical e diminuindo a motilidade das trompas. Sendo assim, o ambiente torna-se desfavorável à migração dos espermatozoides. Além disso, a quantidade desse hormônio absorvido pelo resto do organismo é muito baixa, o que é muito favorável no que diz respeito a efeitos colaterais.


Os DIUs hormonais são utilizados com intuito de contracepção e tratamento de alguns transtornos ginecológicos.

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Vamos falar mais sobre o DIU Mirena e Kyleena


Os DIUs hormonais Mirena e Kyleena são um recurso muito utilizado pela eficácia, segurança e pelos poucos efeitos colaterais. Tem duração de 5 anos e são métodos reversíveis.


Kyleena vs Mirena: quais as diferenças?

Apesar de ambos serem DIUs hormonais, eles possuem diferenças entre si. A principal delas é a quantidade de levonorgestrel: o Mirena contém 52 mg e o Kyleena 19,5 mg do hormônio. Além disso, o Mirena tem maiores dimensões. 

O DIU Mirena é indicado para contracepção, miomatose, endometriose, sangramento uterino e cólicas menstruais. Já o Kyleena é indicado, principalmente, para contracepção.


Ambos os DIUs hormonais são eficazes na prevenção da gravidez e têm taxas de falha semelhantes, abaixo de 1%. Eles também podem ajudar a aliviar certos sintomas, como cólicas menstruais e sangramentos uterinos excessivos.

Qual a indicação do DIU?


DIU Kyleena

  • Método anticoncepcional: o DIU Kyleena é altamente eficaz para prevenir a gravidez, podendo ser usado a longo prazo (5 anos);
  • Diminuição ou interrupção da menstruação;

DIU Mirena:

  • Método anticoncepcional: o DIU Mirena é altamente eficaz para prevenir a gravidez, podendo ser usado a longo prazo (5 anos);
  • Menorragia (sangramento menstrual excessivo): o DIU hormonal pode ajudar a reduzir o volume e a duração do sangramento menstrual em mulheres que sofrem de menorragia;
  • Endometriose: o dispositivo tende a aliviar os sintomas da endometriose, como dor pélvica, dor durante a relação sexual (dispareunia) e dor intensa durante a menstruação (dismenorreia);
  • Miomas uterinos: o DIU Mirena pode auxiliar a redução o tamanho dos miomas uterinos e aliviar os sintomas associados, como dor abdominal e sangramento menstrual excessivo;
  • Adequado para mulheres que não querem usar hormônios sistêmicos, como pílulas anticoncepcionais, ou que não podem usar métodos hormonais devido a contraindicações médicas;
  • Utilizado para proteção do endométrio, em caso de terapia de reposição hormonal;

Quais são as contraindicações do DIU hormonal?


  • Gravidez ou suspeita de gravidez;
  • Câncer de mama atual ou anterior;
  • Trombose venosa profunda atual ou anterior;
  • Doença tromboembólica atual ou anterior;
  • Distúrbios da coagulação conhecidos;
  • Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) com alta carga viral;
  • Uso contínuo de medicamentos que aumentam o risco de trombose;
  • Doença hepática ativa ou tumores hepáticos.

Quais são os efeitos colaterais  do DIU hormonal?

  • Escapes menstruais;
  • Interrupção da menstruação;
  • Acne;
  • Queda de cabelo;
  • Retenção hídrica;

Como é o processo de colocar o DIU?

A colocação dos DIUs é um procedimento bastante simples e rápido, e deve ser realizada por um profissional habilitado.


Habitualmente, o Diu é colocado em consultório, pois a dor é tolerável. Nos casos de pacientes que apresentam um limiar de dor mais baixo, é recomendado que a colocação seja feita em centro cirúrgico sob sedação.


É necessário que a paciente tenha um ultrassom transvaginal e uma citologia recentes.

  1. Primeiro, é realizado um exame ginecológico para avaliar o tamanho e a forma do útero e para detectar qualquer condição que possa impedir a colocação do DIU;
  2. O médico então coloca o DIU no útero através do colo do útero, usando um aplicador especial. Vale ressaltar que o dispositivo pode ser colocado durante a menstruação ou em outro momento do ciclo menstrual;
  3. Uma vez colocado, o médico verifica se o DIU está na posição correta,  através de ultrassonografia transvaginal;
  4. Em seguida, o profissional poderá prescrever medicamentos para aliviar qualquer desconforto ou cólica leve que possa ocorrer após a colocação;
  5. Deve-se agendar uma consulta de acompanhamento com o médico a fim de garantir que o DIU está no lugar correto e entender como está sendo a adaptação da paciente com o método.

Por fim, a colocação do DIU pode causar desconforto ou dor leve. Mas, esses sintomas geralmente desaparecem em poucos dias.

Sempre consulte seu médico para avaliar se essa é a melhor opção para você.

Dra. Débora Jannuzzi

Ginecologia Funcional e Estética

  • Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Mogi das Cruzes;
  • Residência Médica na Maternidade Amparo Maternal;
  • Especialização em Ginecologia Endócrina na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo;
  • Especialização em Patologia do Trato Genital Inferior no Instituto Brasileiro de Controle do Câncer; 
  • Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Febrasgo;
  • Título de Especialista em Patologia do Trato Genital Inferior;
  • Especialização em Cosmetologia Ginecológica pela Faculdade BWS;
  • Especialização em Implantes Hormonais, pelo Curso Cetrus;

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