Um estudo recente revelou uma possível ligação entre a menopausa precoce e um aumento no risco de doença de Alzheimer.
A pesquisa, realizada por especialistas do Mass General Brigham, nos Estados Unidos, concluiu que a terapia hormonal iniciada após um longo intervalo desde o início da menopausa pode aumentar o nível de proteína tau no cérebro, um marcador crucial no desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Tradicionalmente, a terapia hormonal é o tratamento padrão para combater sintomas intensos da menopausa.
No entanto, até recentemente, pouco se sabia sobre seus efeitos sobre a saúde cerebral.
O estudo dirigido por Rachel Buckley, do Departamento de Neurologia do Massachusetts General Hospital (MGH), descobriu que a terapia hormonal pode causar um aumento nos níveis de tau no cérebro se iniciada tardiamente após a menopausa.
A menopausa precoce, que ocorre antes dos 40 anos naturalmente ou antes dos 45 anos devido à cirurgia, tem sido relacionada a um maior risco de Alzheimer.
Embora a terapia hormonal alivie os sintomas da menopausa e possa prevenir declínios cognitivos, um estudo seminal da Women's Health Initiative (WHI) mostrou que seu uso pode duplicar o risco de demência em mulheres com mais de 65 anos.
A possível razão para isso é que a terapia hormonal foi iniciada muito tempo após o início da menopausa.
Segundo JoAnn Manson, coautora do estudo e chefe da Divisão de Medicina Preventiva do Brigham and Women's Hospital, o tempo de início da terapia hormonal é fundamental.
Iniciar o tratamento no início da menopausa pode oferecer melhores resultados em termos de saúde do coração, cognição e mortalidade geral.
Para investigar mais profundamente, a equipe de Buckley usou a tomografia por emissão de pósitrons (PET) para estudar a relação entre as proteínas beta-amilóide e tau, ambas associadas ao Alzheimer, a idade da menopausa e o uso de terapia hormonal.
Usando dados do Wisconsin Registry for Alzheimer’s Prevention (WRAP), os pesquisadores analisaram scans PET de 292 adultos com função cognitiva normal, procurando por beta-amiloide e tau no cérebro.
Enquanto as mulheres apresentavam níveis mais altos de tau do que os homens, a associação entre níveis anormais de beta-amilóide e tau era mais forte em mulheres que passaram pela menopausa precoce.
Os pesquisadores também investigaram a relação entre a terapia hormonal e a presença de beta-amilóide e tau.
Eles descobriram que iniciar a terapia hormonal cinco anos ou mais após a menopausa pode ser a causa dessa associação. Neste grupo, muitas mulheres começaram a terapia hormonal cerca de uma década após a menopausa.
A menopausa precoce, seja natural ou por intervenção cirúrgica, já é um fator de risco para a demência da doença de Alzheimer. O estudo em destaque acrescenta uma nova dimensão a esse quadro: a terapia hormonal, iniciada muitos anos após a menopausa, pode aumentar ainda mais esse risco, potencialmente devido à presença aumentada de proteína tau no cérebro.
A proteína tau, em níveis elevados no cérebro, foi identificada como um dos principais marcadores da doença de Alzheimer.
No estudo, descobriu-se que as regiões entorrinais e temporais inferiores do cérebro, que são críticas para a memória e conhecidas por estarem envolvidas na progressão do Alzheimer, apresentavam níveis altos de tau em mulheres que tiveram menopausa precoce e iniciaram a terapia hormonal tardiamente.
Os resultados deste estudo convidam a uma reflexão cuidadosa sobre o momento de início da terapia hormonal após a menopausa.
A descoberta sugere que a terapia hormonal pode ter efeitos adversos na saúde do cérebro se for iniciada muito tempo após a menopausa, aumentando a proteína tau e, por consequência, o risco de Alzheimer.
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